Instituto Pasteur, de São Paulo, examinou amostras de saliva, líquido encéfalo-raquidiano, sangue e pele da mulher, de 36 anos. Ela morreu no dia 29 de junho. 

Entenda o caso

Em 26 de abril, a vítima havia sido agredida por um gato na mama direita, mas não tinha procurado nenhuma unidade de saúde. No dia 18 de junho, apresentando sintomas, ela foi internada no Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife.

Com o agravamento do quadro, ela foi transferida para o Huoc na segunda (26). Desde então, os médicos da unidade passaram a investigar se a paciente havia contraído raiva humana.

Raiva em humanos

A raiva é uma doença de origem viral transmitida, em geral, por mordidas de animais, arranhão ou mesmo lambida. Uma vez mordidas, as pessoas devem tomar vacina e soro logo após o incidente que teria ocasionado a transmissão do vírus. Mas, quando esse sistema não é bem aplicado ou o paciente não toma as vacinas, a doença se desenvolve, causando inflamações no cérebro e na medula. Quando isso acontece, a maioria dos pacientes não sobrevive.

Medidas

Antes da confirmação da morte por raiva humana, a Secretaria de Saúde do Recife informou que deu início a um protocolo do Ministério da Saúde de bloqueio vacinal para evitar a transmissão da possível doença por animais em Santo Amaro, bairro na área central da capital pernambucana em que residia a vítima.

Iniciada na quarta-feira (28), a ação consistiu na vacinação de cães e gatos em cada domicílio, na captura de morcegos em áreas de risco e na orientação a donos de animais sobre o que fazer em caso de acidentes com os bichos. Até o fim da tarde da quinta (29), foram visitados 4,9 mil imóveis.

Fonte: G1